terça-feira, 24 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Recurso de CA indicado para comunicação de pessoas com TEA
Software Boardmaker- o que é?
O Boardmaker é um software proprietário, foi comprado pelo Ministério
da Educação para equipar as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Um disponível
que possui um banco de dados gráficos que contêm mais de 3.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS. Existindo versões totalmente em Português Brasileiro.
Com o Boardmaker, é possível:
confeccionar pranchas, localizar e aplicar símbolos e imagens, trabalhar as
imagens em qualquer tamanho e espaçamento, imprimir e/ou salvar a sua prancha
de comunicação, armazenar, nomear, organizar, redimensionar e aplicar imagens
escaneadas, criar folhas de tema ou trabalho, listas de instruções pictóricas,
livros de leitura, jornais e pôsteres e acompanhar várias grades prontas de
calendários e agendas.Cada símbolo é traduzido em 15
idiomas. Os símbolos podem figurar de três modos: sem texto, com uma linha de
texto (em qualquer idioma) acima do símbolo e com duas linhas em dois idiomas
diferentes acima do símbolo.
Esta é uma prancha de comunicação alternativa e
aumentativa criada a partir de pictogramas extraídos do software Boardmaker. Indicado
para o trabalho com aluno que apresentam paralisia cerebral, bem como para alunos
que apresentam TGD/TEA com graves alterações de comunicação expressiva podendo
por meio dela se comunicar de maneira autônoma e interativa com o meio, de
forma clara, sem a necessidade de um interlocutor.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
sábado, 8 de março de 2014
Marinete
Magalhães de O. da C. Jorge
Pesquisas apontam que pessoas com surdez submetidas
há vários anos na educação regular sem as mínimas práticas pedagógicas
adequadas de inclusão apresentam um baixo desempenho em relação aos alunos
ouvintes, apesar do desenvolvimento cognitivo ser semelhante. Devendo-se ao
desvio do foco da atenção dos profissionais das escolas para o problema da
língua em si praticada por essas pessoas, bem como da inadequação do sistema de
ensino e uma má qualidade e ineficiência das práticas pedagógicas. O que revela
a urgência de medidas que favoreçam o desenvolvimento pleno das pessoas com
surdez nas escolas regulares. De acordo com Damázio, (2010).
[...] A pessoa com surdez possui perda
sensorial auditiva, o que a limita biologicamente para a função de ouvir, mas
por outro lado, dispõe de toda uma potencialidade do corpo biológico humano e
da mente que canalizam e integram os outros processos perceptuais, tornando essas
pessoas capazes, como ser de consciência, pensamento e linguagem. [...]
Para
a mesma autora, a visão desfocada do real problema da educação dessas pessoas,
se deve ao fato de ter-se considerado como prioritária uma proposta de trabalho
voltada ao ensino focado no uso de uma ou de outra língua, junto às pessoas com
surdez o que contribuiu para separação de um grupo do outro (ouvintes e
falantes), consequentemente contribuindo para não inclusão destas. É com o
sentido de descentramento identitário que concebemos a pessoa com surdez como
ser biopsicossocial, cognitivo, cultural, não somente na constituição de sua
subjetividade, mas também na forma de aquisição e produção de conhecimento. (DAMÁZIO 2010).
Contudo, a inclusão escolar não ocorre
ainda da forma como deveria, principalmente, nas escolas carentes de materiais
e profissionais qualificados. Observamos, com base nos estudos atuais sobre a
inclusão das pessoas com surdez, que para proporcionar adequadamente a inclusão
destas, os professores devem contemplar mais que uma língua, mas contribuir com
ações transformadoras no sentido de garantir a pessoa com surdez a educação bilíngüe.
Com base no Decreto 5.626, de 5 de dezembro de 2005, já que a consolidação da
inclusão para pessoas com surdez tem como tendência, além da prática da
educação bilíngue voltada a abordagem para a educação linguística da pessoa com
surdez, favorece o deslocamento do olhar especificamente lingüístico para
outros entornos: a Libras e a Língua portuguesa, conforme Damázio .
[...] Mais ainda
reconhecer que devemos ir além da língua. As pessoas com surdez precisam de ambientes
educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade perceptivo-cognitiva,
que as escolas se transformem em ambientesde descobertas criativas no sentido
de buscar soluções, visando manter os diversos alunosno espaço escolar,
levando-os a obtenção de resultados satisfatórios em seu desempenho acadêmico e
social. [...],
Damázio (2007).
Dessa forma, a atenção deve estar
centrada, primeiramente, no potencial natural que esses seres humanos têm,
independente da deficiência, diferença, limites ou mesmo da característica
surda. Assim, como deve ser construindo e oferecido ao aluno com surdez o
Atendimento Educacional Especializado, por meio da Politica Nacional de
Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, disponibilizando serviços e
recursos que atendam as diferenças desses alunos nos três momentos didático-pedagógicos:
Atendimento Educacional Especializado em Libras; Atendimento Educacional
Especializado de Libras; e o atendimento Educacional Especializado para o
ensino de Língua Portuguesa, Damázio, (2007). O AEE nos três momentos didático
tem como objetivo beneficiar, com ambientes inclusivos de aprendizagem nas
escolas comuns, os alunos com surdez, pois a Língua de Sinais é uma alternativa
que possibilita a integração entre o professor/a e o/a aluno/a com surdez e os
processos de ensino e aprendizagem, onde a linguagem utilizada pelos ouvintes
comuns é a oral; a usada pelas pessoas comsurdez é a libras. Só assim
acontecerá a verdadeira inclusão dessas pessoas.
REFERÊNCIAS
DAMÁZIO,
Mirlene F. M., ALVES, Carla B, FERREIRA, Josimário de P. Atendimento Educacional
Especializado: Abordagem Bilíngue para Pessoas com Surdez. Fortaleza, UFC,
2010.p. 09-22.
DAMÁZIO,
M. F. M.; ALVES, C. B. Atendimento Educacional Especializado do aluno com
surdez. Capítulo 5, 6 e 7. São Paulo: Moderna, 2010.
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